Dark kitchens devem movimentar US$ 157,2 bilhões até 2030
O modelo de dark kitchen, que foi uma forma de sobrevivência na pandemia para o setor de food service, ganhou destaque quando as restrições de isolamento social impulsionaram o crescimento do delivery. Essas cozinhas, projetadas exclusivamente para o preparo de refeições destinadas à entrega, eliminaram a necessidade de atendimento presencial e reduziram custos operacionais, se tornando uma solução eficiente para restaurantes e empreendedores. Antes da pandemia, as cozinhas invisíveis já eram uma tendência emergente, mas foi entre 2020 e 2021 que o modelo se consolidou. No Brasil, o delivery cresceu 149% entre 2019 e 2022, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O modelo de dark kitchen continuou a crescer após a pandemia, com projeções de movimentar US$ 157,2 bilhões globalmente até 2030, de acordo com dados da Coherent Market Insights. No Brasil, o formato representa um terço dos restaurantes cadastrados em plataformas como iFood, em cidades como São Paulo, Campinas e Limeira, segundo um estudo da Unicamp.
Esse modelo permitiu que pequenos negócios e até as grandes redes se adaptassem rapidamente às mudanças no comportamento do consumidor. Uma das redes que até os tempos atuais investe em dark kitchen é o Divino Fogão, que tem aproximadamente 21 unidades em operação presentes em estados como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Outra rede que segue o mesmo movimento é o N1 Chicken, que conta com cerca de 200 cozinhas invisíveis no país e também expandiu internacionalmente, com operações em Portugal. As dark kitchens não apenas transformaram o setor de alimentação, mas também abriram novas oportunidades para empreendedores, oferecendo escalabilidade, redução de custos e maior alcance geográfico.
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