Dezembro registra pior desempenho de 2024 no varejo alimentar
No ano passado, dezembro foi o pior mês de vendas para o varejo alimentar. É o que indica o radar da Scanntech, plataforma de inteligência de dados para o varejo e a indústria de bens de consumo. A queda nas vendas foi impulsionada, principalmente, pela antecipação das compras de final de ano, que aconteceram na Black Friday, e pelo aumento de preços, resultado de fatores climáticos e da desvalorização do câmbio. As cestas de Tabaco (cigarro) e Pets (brinquedos, ração, petiscos, higiene) foram as únicas que apresentaram crescimento de vendas de unidades, com aumentos de 2,6% e 1,5%, respectivamente. Já a mercearia básica destacou-se pelo aumento nos preços (14,4%). A alta foi liderada pelas categorias de café, óleo e leite.
“Novembro e dezembro são meses tradicionalmente aquecidos para o varejo alimentar devido às sazonalidades. Contudo, em 2024, o efeito calendário impactou diretamente as vendas de dezembro, resultando em um mês fraco em todo o país”, comenta Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech.
Análise do mês
Até 21 de dezembro, as vendas caíram 3,8%, reflexo do impacto da sazonalidade da Black Friday, que eliminou o pico de vendas normalmente registrado no primeiro sábado do mês. No período pós-Natal e Réveillon, a retração foi mais acentuada (-6,6%). As categorias que impulsionaram as vendas na última semana de novembro, como cerveja, leite, açúcar, arroz e sabão, apresentaram retrações em dezembro. As maiores quedas foram registradas em bebidas (-17,2%), perfumaria (-18,3%) e mercearia básica (-12,7%).