AliExpress traz tendências da China para o e-commerce brasileiro
Foco no Comportamento do Consumidor
O AliExpress, empresa de varejo online pertencente ao grupo
Alibaba, tem investido em testes para entender o comportamento de compra dos
brasileiros e adaptar cada vez mais a plataforma de forma assertiva. A empresa
acredita no "imenso" potencial de crescimento do e-commerce no Brasil, mesmo
vendo um grande "gap" se comparado com países mais desenvolvidos no
e-commerce como a China. "Aqui no Brasil nossa taxa é de mais ou menos 10%,
então a gente vê o tamanho do mercado. Temos muito potencial de crescimento e
acreditamos que o país ainda tem muito para se desenvolver, o Brasil é o top
mercado do AliExpress. A gente está querendo ajudar os sellers locais e crescer
o marketplace local, essa é a nossa ideia de evolução para o futuro do Brasil
no e-commerce", comenta Briza Bueno, diretora do AliExpress Brasil, em
entrevista feita com exclusividade para o Jornal Giro News.
Tendências da China
Existem algumas
tendências dentro do e-commerce chinês que o AliExpress vem observando e está
trazendo para a plataforma brasileira. Já está implementado no e-commerce o
social commerce, que são as compras em grupo. "Hoje no AliExpress você já
consegue comprar em grupo tendo mais desconto sobre o produto, que é um pouco
da lógica da compra coletiva que a gente tinha antigamente", explica a
diretora. Outras tendências observadas na China que trazem insights para os
e-commerces brasileiros são live commerce, pagamento por reconhecimento facial,
ações com pequenos influenciadores e lojas inteligentes.
"Identificamos
algumas tendências que são muito fortes na China e que a gente acredita que
pode vir aqui para o Brasil. O live commerce é um mercado de US$ 600 bilhões na
China e vemos bastante potencial. Só esse mercado é 12 vezes toda a venda do
ano no Brasil, então vemos muito espaço para o live commerce aqui. O pagamento
com reconhecimento facial é uma tendência que está muito forte na China, onde
80% dos consumidores usam. Já as ações com pequenos influenciadores, aqueles
micro e nano influenciadores, que são basicamente consumidores que têm muita
influência ao seu entorno, a gente acredita que escalar esse tipo de trabalho
ajuda muito, principalmente para nichos. E as lojas inteligentes, o Alibaba tem
um conceito de novo varejo que é essa integração do online com o offline,
prateleiras infinitas e várias frentes diferentes de como trazer a experiência
da loja física dentro de uma integração do online", complementa.
Futuro do e-commerce
O AliExpress também
investe em inteligência artificial para atrair consumidores e melhorar a
experiência de compra. De acordo com Briza, a empresa trabalha diversas frentes ligadas à inteligência, como a recomendação de produtos
seguindo o perfil de compra do usuário e a aba Fit, que traz vídeos dos
consumidores sobre os produtos vendidos na plataforma. A varejista também tem
trabalhado fortemente ações com os vendedores locais, atraindo a atenção dos
sellers brasileiros. Para a diretora, o futuro do e-commerce deve ser inspirado
nas tendências de fora, para criar algo único para o Brasil. "O comportamento
do brasileiro é único, então não tem como se replicar em qualquer outro lugar.
A gente pode se inspirar, mas quem vai efetivamente criar o futuro do
e-commerce são as empresas de e-commerce do Brasil e os sellers, e a gente tem
muita gente competente que vai entender o que aquele consumidor precisa",
finaliza.
Reportagem: Thalita Sollazzo