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Crédito: Divulgação

Delivery: a estratégia-chave para impulsionar o Food Service

*Por Bruno Primati, diretor de Food na Linx, empresa do Grupo StoneCo 


  O setor de Food Service passou por transformações profundas nos últimos anos, impulsionadas pelas mudanças no comportamento do consumidor. A pandemia acelerou uma tendência que já estava em crescimento: o aumento da demanda por conveniência. Cada vez mais, as pessoas preferem a facilidade de receber suas refeições em casa, com comodidade e conforto.


 Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil, antes da pandemia, pouco mais de 30% dos brasileiros pediam refeições para consumir em casa ou no trabalho. Entre 2020 e 2021, esse número cresceu mais de 20%, comprovando que investir em delivery deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade estratégica para bares e restaurantes que querem ampliar seu alcance e otimizar sua operação.


  Uma pesquisa da Statista, plataforma alemã especializada em coleta e visualização de dados, revelou que 48,77% dos pedidos de delivery feitos na América Latina são do Brasil, o que coloca o país à frente de mercados como o México (27,07%) e a Argentina (11,85%). Esses números demonstram o tamanho da oportunidade que os serviços de entrega representam para o setor de Food Service no Brasil.


  Os serviços de entrega ampliam o alcance dos restaurantes, mas também geram novas oportunidades de emprego. Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), em 2023, o delivery criou mais de 800 mil postos de trabalho no Brasil. Isso inclui entregadores, funcionários de restaurantes e trabalhadores da cadeia de produção como um todo. Essa expansão evidencia que as entregas não são apenas uma tendência, mas uma parte crucial da operação de muitos negócios.


  Além de ampliar a clientela, o delivery oferece um diferencial competitivo em um mercado cada vez mais concorrido. Restaurantes que não oferecem essa opção correm o risco de perder clientes para concorrentes que já estão neste segmento. Outro ponto relevante é que o delivery gera uma enorme quantidade de dados valiosos sobre o comportamento dos consumidores, preferências e padrões de compra. Com essas informações, os restaurantes podem ajustar suas estratégias de marketing, melhorar a gestão de estoque e personalizar o atendimento ao cliente, criando um ciclo virtuoso de melhoria contínua.


  Os desafios de investir em serviços de entrega, como a necessidade de um sistema eficiente para registrar pedidos e organizar entregas, podem ser superados com a tecnologia certa. Hoje, existem sistemas completos que permitem que restaurantes tenham seu próprio aplicativo de delivery, além de integrações com plataformas de mercado. Essas soluções automatizam todo o processo, desde o recebimento do pedido até o pagamento, e ainda possibilitam a comunicação direta com o cliente, o acompanhamento das entregas, a oferta de diferentes formas de pagamento e a implementação de programas de fidelidade e promoções personalizadas.


  A integração desses apps com o sistema de gestão do restaurante possibilita uma visão completa das vendas, seja na mesa, no balcão ou pelo aplicativo. Isso dá ao restaurante maior agilidade no atendimento e permite que ele se adapte às preferências do cliente, sem ficar limitado a apenas um canal de venda.


  O Food Service precisa oferecer ao cliente múltiplas opções de consumo, seja no salão, via pedido para retirada ou pelo delivery e a tecnologia é a principal aliada para atender a esse novo perfil de consumidor, que quer mais comodidade e controle sobre o processo de compra.


  Mesmo que o atendimento presencial continue sendo o foco principal do restaurante, minha recomendação é sempre oferecer alternativas para que o cliente possa escolher o que lhe for mais conveniente. Essas opções ampliam o faturamento, aumentam a satisfação do consumidor e garantem que o restaurante acompanhe as tendências de consumo. Afinal, o cliente de hoje quer ser o protagonista de sua própria experiência.


02/10/2024

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