Cada vez mais empresas cortam a flexibilidade do home office

A pandemia de covid-19 foi um evento que alterou radicalmente muitas áreas da sociedade moderna. As empresas foram uma das mais atingidas, pois como continuar com suas operações normalmente e ainda seguir o distanciamento social?

Por conta disso, as empresas precisaram se adaptar e passar a oferecer para os seus funcionários modelos de trabalho remoto, para que assim a companhia não tivesse suas atividades interrompidas.

Com isso, tanto as empresas quanto os funcionários precisam rever seus conceitos de métricas e objetivos para conseguir prosseguir com suas atividades da maneira mais normal e eficiente possível, dadas as circunstâncias.

Apesar dos desafios óbvios que todo o processo de adaptação traz para todos os envolvidos, o modelo de trabalho remoto possibilitou uma qualidade de vida para os colaboradores que até então era algo completamente desconhecido, e que se tornou possível graças à pandemia.

Sem precisar ter que se deslocar para o ambiente de trabalho, as pessoas conseguiram dar mais atenção para suas famílias, ter mais tempo para lazer e até mesmo para aprimoramentos pessoais e profissionais. Seja como for, os benefícios puderam ser sentidos por praticamente todos os setores.

A visão das empresas
Apesar dessas melhorias para a qualidade de vida dos funcionários, as empresas parecem não concordar tanto com isso. Atualmente diversos conglomerados como AT&T, Google, Twitter e outros têm tomado medidas para fazer com que os colaboradores voltem para seus postos de trabalho.

Grande parte dos motivos para mais essa mudança, supostamente, é de que os executivos não estão acostumados com esse modelo de trabalho, e que os colaboradores não estando em seus postos de trabalho não rendem tanto quanto deveriam.

Para que a mudança não seja realizada de forma "abrupta", atualmente temos a implementação do sistema híbrido de trabalho, onde o colaborador pode ficar de dois a três dias em casa, e no resto da semana ele precisa ir até o local de trabalho.

E como os colaboradores ficam?
Sem ter para onde correr, os colaboradores que estavam na modalidade remota estão tendo que rever suas prioridades (de novo) para colocar na balança se eles querem voltar novamente para o escritório, ou achar novamente um outro emprego com condições mais flexíveis de trabalho.

Para isso, é preciso levar alguns pontos em consideração que podem ajudar na sua decisão final, seja para o bem, ou para o mal:

- O que o seu trabalho atual significa para você?
- Há quanto tempo você exerce esse cargo?
- Essa função ainda é a mais adequada para o seu objetivo profissional?
- Seu trabalho é um "trampolim" para alcançar coisas maiores?
- Você é o(a) chefe da família na sua casa?
- Quais são os benefícios e malefícios de aceitar voltar para o escritório? Existe a possibilidade de um meio-termo?
- Existe a possibilidade de fusão entre sua empresa e outra, resultando em um corte de pessoal?

São coisas que devem ser colocadas em debate para que você possa decidir se procura novas oportunidades que mais se adequem ao seu ideal de qualidade de vida ou até mesmo se precisa se mudar para um local mais próximo do escritório.

Na segunda opção, é preciso definir o que vender para ganhar dinheiro extra para que possa até mesmo bancar a sua mudança para uma outra casa ou apartamento. Felizmente, hoje em dia, temos já ferramentas que ajudam nesse ponto.

Com isso, é importante sentar e pensar de maneira racional no que fazer, para evitar decisões precipitadas e que podem acarretar em problemas muito maiores no futuro do que somente uma fadiga.