Prioridades, Desafios e Tendências para o Futuro do Atendimento ao Cliente no Varejo
*Por Yuri Fiaschi
Mesmo
antes do início da pandemia do novo coronavírus, as pessoas já buscavam
marcas na qual o atendimento ao cliente fosse personalizado e
cuidadoso. A necessidade de distanciamento social e o fechamento das
lojas físicas apenas expandiu o grau de importância de investir no
consumidor, para mantê-lo fiel após a migração para o digital.
Mas a questão vai muito além de apenas ter um bom atendimento quando o cliente precisa. Segundo a Pesquisa Global do Estado da Experiência do Cliente 2020,
realizada pela CX Network, 24% dos consumidores se mostraram mais
interessados em comprar em lojas que entram em contato por meio de sua
plataforma digital preferida. Além disso, 35% dos entrevistados disseram
estar mais felizes de se engajar com marcas em meios digitais desde que
a pandemia começou.
Portanto,
ter canais de comunicação diversos e estar disponível para responder ao
cliente quando ele precisar, bem como levar conteúdos exclusivos e
novidades, tornou-se a principal ferramenta para manter a boa
visibilidade. Para tanto, as empresas podem pensar no atendimento
dividido em três categorias principais: prioridades, desafios e
tendências.
No
caso das prioridades, os varejistas devem ouvir a voz do consumidor. Ou
seja, permitir que aquele que compra traga ideias e percepções, para
criar melhores serviços, que beneficiem ambos os lados. Dessa forma, o
cliente sente-se mais próximo e passa a criar um laço com as marcas. Por
isso, será cada vez mais importante fazer mapeamentos da experiência do
cliente, para entender o que pode ser mantido, melhorado ou excluído,
de acordo com a situação.
Essa
análise traz um dos maiores desafios para o setor do varejo: como e
onde armazenar esses dados, para que sejam facilmente visualizados. Além
disso, o sucesso do atendimento e a garantia de que o cliente voltará a
comprar também estão altamente ligados à capacidade da equipe de estar
feliz, bem informada e com o pensamento voltado para o consumidor como
centro do processo. E isso só é possível, se a empresa também investir
internamente com treinamentos, benefícios e outras formas de engajar
seus colaboradores.
Nas
tendências para o futuro do varejo no mundo pós-pandemia, estão não só
as duas primeiras categorias, mas também o investimento constante em
tecnologias como inteligência artificial, serviços de nuvem e
assistentes virtuais (chatbots), entre outros. Porque, daqui para
frente, a união entre equipes empenhadas e ferramentas bem aplicadas
será o caminho para a excelência no atendimento ao cliente e para
garantir uma experiência perfeita.
*Yuri Fiaschi é vice-presidente de vendas global da Infobip.
31/05/2021