O futuro das Marcas Verticais Digitalmente Nativas (DNVB) e como elas estão avançando no mercado
*Por Roni Magalhães, CEO da Forever Liss
Uma pesquisa divulgada recentemente pelo Cupom Válido, plataforma de cupons de descontos on-line, informou que o Brasil está no topo do ranking mundial de crescimento do comércio eletrônico. Somado à constante evolução da tecnologia, o mercado global passou a apostar em novos formatos de negócios para além dos modelos tradicionais. Assim nasceram as Marcas Verticais Digitalmente Nativas, do inglês Digitally Native Vertical Brand (DNVBs), empresas construídas com uma organização integralmente digital e focada em atender ao consumidor no ambiente online.
Nesse sentido, seu modelo vertical de negócio as aproxima de seu público com uma certa vantagem ao promover experiências personalizadas, com um atendimento completo e acompanhamento contínuo da jornada do consumidor. As ações vão desde a fabricação do produto até o pós-venda, com um foco 100% direcionado para a satisfação do cliente.
Com o avanço do e-commerce, principalmente durante o isolamento social ocasionado pela pandemia, os hábitos de consumo voltaram-se para o comércio eletrônico. Desta forma, as DVBs puderam avançar ainda mais em seu modelo de negócios, uma vez que já estavam inseridas no on-line, enquanto outras marcas iniciavam seu processo de transformação digital.
Atrelado a isso, as vendas no digital cresceram de forma significativa no país, e apresentando um recorte do mercado de beleza - uma das principais categorias do e-commerce brasileiro - neste ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o setor cresceu 6,5% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2021, o que reforça a constante evolução do setor que possui ampla presença na liderança dos rankings de vendas.
Já sobre o comércio on-line como um todo, segundo o Global Payments Report, feito pela Worldpay from FIS, a previsão é de que o e-commerce mundial cresça 55,3% durante os próximos três anos, o que reforça o avanço do digital para o varejo. No Brasil, ainda segundo o relatório, estima-se que as vendas via comércio eletrônico aumentem em 95% até 2025, um cenário promissor para as marcas que já dominam o mercado online.
Contudo, ser uma marca nativa digital não impede que essas empresas ampliem sua presença para o físico, fazendo o movimento inverso do varejo tradicional que recém iniciou seu processo de transformação digital. Nesse sentido, uma estratégia pautada noomnichannel, com a expansão para o presencial, garante a manutenção da experiência do cliente, com a aproximação entre a marca e seu público. Desta forma, a empresa continua sendo uma DNBV, porém com mais uma ferramenta voltada para a jornada do consumidor. Este é o principal desafio para essas empresas atualmente.
O futuro segue promissor para as Marcas Verticais Digitalmente Nativas. Os consumidores passaram a consumir mais de forma online e o mercado, como um todo, passou a se adaptar e a evoluir para o comércio eletrônico.