A Expansão das Cozinhas Caseiras Mais Profissionais
*Por Geison Correa
Quantas vezes já lemos sobre as consequências da
pandemia da Covid-19 e do isolamento social? Tantos foram os prejuízos (mentais
e econômicos) advindos da situação, como também muitas foram as histórias de
volta por cima e superação desde março de 2020. E um exemplo que quase todo
mundo conhece ou acompanha são os empreendedores de comida caseiras, feitas em
cozinhas improvisadas, que utilizaram os marketplaces ou as conexões da
vizinhança para sobreviver em meio ao momento adverso.
Conhecidos internacionalmente como dark
kitchens, ou cozinhas fantasmas, os negócios de alimentação nascidos e
operados sem um salão e disponíveis apenas para entregas foram a saída para
muitas famílias em um movimento que despertou olhares de investidores e fez
crescer um nicho por ser uma alternativa de empreendimento relativamente
simples e que requer menores aportes.
Muitos empresários enxergaram nesta tendência uma
chance de fidelizar mais clientes e aumentar seu faturamento - já que no
delivery não há limite de espaço físico para atender os clientes - enquanto
outros gestores estão se aventurando no setor de alimentação fora do lar com
suas operações 100% voltadas ao delivery.
Esse segmento tem prosperado cada vez mais e as
perspectivas são as melhores possíveis! Somente no Brasil, o mercado de cozinhas
voltadas ao delivery cresceu 230% entre 2014 e 2019 e, até 2024, há estimativas
de salto de 180%, segundo a Euromonitor International, podendo movimentar US$ 1
trilhão (ou R$ 5 trilhões) até 2020 no mundo.
Seja em cozinhas de coworking - nos quais se
dividem as bocas de fogão e equipamentos - ou no próprio lar, as dark
kitchens podem ser uma ideia lucrativa, desde que haja planejamento, boa
execução e um certo profissionalismo por trás da operação. Afinal, mais do que nunca, o consumidor brasileiro está exigente em relação a apresentação, prazo
e, claro, sabor.
Por mais que a execução seja caseira, a cobrança
é alta e dita a continuidade (ou não) do empreendimento porque, consciente ou
não, mesmo porque acabam concorrendo nos marketplaces (iFood, Uber Eats
entre outros) com grandes restaurantes de renome, disponíveis no celular, a uma
rolagem de distância. Cabe, portanto, deixar bem claro, qual seu diferencial
competitivo e entregar o que promete.
A tecnologia pode (e deve) ser uma aliada do
gestor para profissionalização do negócio, tanto para controle de caixa,
estoque, financeiro, relatórios DRE, monitor de preparo, pagamentos. Para
facilitar o trabalho de operação e gestão, existem hoje softwares e aplicativos
oferecidos por startups a preços justos com foco em bares e restaurantes.
Essas soluções também são capazes de auxiliar na
segurança e salvamento das informações em nuvem; conferem maior praticidade e
agilidade para lidar com grandes demandas; além de armazenar dados, reunir
dados em módulos e automatizar etapas, integrando processos e equipamentos,
concentrando os pedidos via telefone, WhatsApp, marketplace e delivery próprio
em um só lugar.
Entendendo isso, vale pesquisar, vislumbrar as
possibilidades e escolher ferramentas tecnológicas que te deem melhor
possibilidade para profissionalizar sua entrega de marmita; sua venda de doces
para pequenas comemorações ou mesmo sua hamburgueria caseira para que o
"negócio de quarentena" ganhe força e concorra, em pé de igualdade,
com os grandes do mercado. Faça acontecer!