Shein e AliExpress afirmam que nova taxação é retrocesso, mas Shopee é a favor do imposto de importação
Diante da decisão encaminhada ao Senado, sobre o fim da isenção do imposto de importação, as varejistas asiáticas Shein e AliExpress veem a medida como um retrocesso. A alíquota esperada pelo setor é de 44,5%, com o imposto de importação de 20% mais a cobrança do ICMS de 17%. Em nota, a Shein afirma que com o fim da isenção, a carga tributária recairá sob o consumidor final, visto que “um vestido que o consumidor da Shein comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso), agora custará mais de R$ 98 com a nova carga tributária”. A varejista diz que seguirá em diálogo com o governo “para encontrar caminhos que possam viabilizar o acesso da população, principalmente das classes C, D e E”, que corresponde a cerca de 88% dos consumidores.
Na mesma linha, a AliExpress informa que foi "surpreendida" com a decisão da Câmara dos Deputados e que a medida vai desestimular aportes estrangeiros. "A decisão desestimula o investimento internacional no país, deixando o Brasil como um dos países com a maior alíquota para compras de itens internacionais do mundo", comenta o Alibaba, em nota.
Shopee é a favor da medida
Por sua vez, a Shopee afirmou ser a favor do imposto de importação de 20% para produtos de até US$ 50. A companhia reforça que 90% de suas vendas são de vendedores nacionais. “Nosso foco é local. Queremos desenvolver cada vez mais o empreendedorismo brasileiro e o ecossistema de e-commerce no país e acreditamos que a iniciativa trará muitos benefícios para o marketplace. Não haverá impacto para o consumidor que comprar de um dos nossos mais de 3 milhões de vendedores nacionais que representam 9 em cada 10 compras na Shopee no país”, diz a empresa em nota.