Startup Insere Blockchain na Logística Reversa
Pólen Prevê Crescer 300%


Texto: Júlia Pestana
Em 2020 e 2021, a Pólen
cresceu 300% e já projeta o mesmo avanço para este ano. A startup oferece soluções
denominadas sustentáveis com tecnologia blockchain, que comprova a reciclagem
de embalagens geradas pelas indústrias. Em entrevista exclusiva ao Jornal Giro
News, o CEO da Pólen, Renato Paquet, destaca a alta do segmento e a crescente
adesão das indústrias ao crédito de logística reversa: "De um lado, a lei cobra
das indústrias a reciclagem de 22% das embalagens, e do outro, o mercado de
consumidores pede por posicionamentos. Com a Pólen, a entidade faz o cadastro,
recebe uma proposta e faz a contratação automatizada".
Blockchain nos Processos
Segundo Paquet, o
desenvolvimento do sistema de rastreabilidade dos resíduos é voltado à
comprovação de responsabilidade pela reciclagem. A nota fiscal eletrônica é
registrada no sistema em blockchain da plataforma da Pólen, garantindo que a
transação será feita apenas uma vez - ou seja, o mesmo quilo de resíduo não
poderá ser usado em diferentes compensações. "Provamos transparência da cadeia
e não gastamos recursos com o sistema. A blockchain é muito usada para
criptoativos, poucos usam para serviços", conta o empreendedor. Atualmente, a
startup opera em 9 países e já atendeu mais de quatro mil indústrias desde
2018, entre elas Natura, Fiat, Chrysle e Embaré. Entre os clientes, 50% são dos
segmentos de alimentos e bebidas, e 60% das embalagens são de plástico.
Resíduo Tem Valor
Neste ano, a Pólen tem
como meta consolidar suas duas empresas: a Bee, que faz a coleta dos
recicláveis nos estabelecimentos a partir de uma van e tem a proposta de
ressignificar a importância do resíduo; e a Hive, que faz a triagem dos
resíduos, a qualificação e, em seguida, comercializa para a indústria
recicladora. Em abril, a empresa também iniciará o projeto "Universidade dos
Catadores", focado em desenvolver áreas de interesse dos cooperáveis e dos
catadores individuais. "A iniciativa promoverá a formação educacional dos
cooperáveis, assim como crédito, gestão financeira e bancarização", finaliza
Paquet.