Queda na Criptomoeda Representa Oportunidade
Novos Investidores de Bitcoin


Após atingir o maior valor
de sua história em abril, de US$ 64,9 mil, o bitcoin registrou, nesta semana,
sua maior queda desde fevereiro, para US$ 36 mil. A criptomoeda recuperou o
valor médio de US$ 40 mil ontem (20). Para André Franco, analista de criptoativos
da Empiricus, esses momentos de oscilação são saudáveis para que os
investidores entendam que é um mercado com alto potencial, mas com alto risco,
e para o ativo não chegar muito rápido ao seu preço mais alto possível. "A
premissa básica é investir pouco e continuamente. Historicamente, a queda
sempre foi um bom momento para compra de bitcoin. Não olhamos apenas preço, mas
métricas de mercado também, já que há um ganho anualizado de 213%", revela, em
entrevista exclusiva ao Jornal Giro News.
Movimentação em Conjunto
Segundo Franco, a queda
nesta semana foi puxada principalmente por dois fatos: a Tesla, empresa
automotiva norte-americana, afirmar que não aceitará pagamentos em bitcoin por
seus veículos elétricos, e a China reforçar sua proibição a transações
envolvendo a criptomoeda. "A oscilação faz parte do movimento de alta. Com a
queda, os investidores decidem comprar o bitcoin e, com muita gente comprando,
há uma recuperação." O analista explica que a retração de uma criptomoeda puxa
as demais. Neste sentido, outros ativos também caíram nesta semana, como a
ethereum. "O mercado se movimenta em bloco, tanto em queda, quanto em
recuperação", destaca.
Mercado em Desenvolvimento no
Brasil
O mercado de criptomoedas
vale, atualmente, US$ 1,4 trilhão. Em abril, esse número alcançou US$ 2,5
trilhões. "As criptomoedas estão caminhando a passos interessantes no Brasil. O
país está aberto à inovação e o Banco Central tem buscado ajudar neste
desenvolvimento." Em relação à adesão das criptomoedas em estabelecimentos
comerciais, Franco ressalta que existe interesse por parte do setor, mas não há
conhecimento sobre quais os primeiros passos para ingressar neste mercado. "A
forma mais simples é começar a aceitar criptomoedas para pagamentos no estabelecimento.
As empresas ainda não entendem como esse movimento gera uma publicidade
orgânica", conclui.