Além dos biscoitos, Camil entrou recentemente nos mercados de massa e café

A compra da Mabel, anunciada nesta terça-feira (23), é mais um passo da Camil na expansão de seus negócios no país, que tem sido marcada por aquisições e entrada em novos mercados. Em 2021, no mês de agosto, a empresa realizou a aquisição da Santa Amália, inaugurando sua entrada no mercado de massas com a quarta maior empresa desta categoria no país e líder absoluta na região de Minas Gerais. Em setembro e em dezembro do mesmo ano, anunciou a aquisição da marca Seleto e um investimento estratégico na empresa Café Bom Dia, que, com o lançamento do café União, marcaram a entrada da Camil Alimentos na categoria de cafés.

A transação, no valor de R$ 260 milhões, marcou a entrada da Camil na categoria, com o objetivo de diversificar seu portfólio. Na operação, a empresa assumiu o endividamento de cerca de R$ 150 milhões da Santa Amália, que era controlada pelo grupo Alicorp. Em comunicado, a Camil afirmou à época que "a complementariedade geográfica, com liderança em região com potencial de crescimento para as categorias atuais da Camil e seu posicionamento com potencial de crescimento nacional, reforça a estratégia da companhia de aquisições". Na época da aquisição, a Santa Amália tinha receita anual de R$ 475 milhões, uma planta em Machado (MG) e um portfólio com massas, molhos e condimentos, bolos e sobremesas, refrescos, achocolatados e queijos.

Em setembro do ano passado, a empresa anunciou a aquisição da marca de cafés Seleto, que pertencia à JDE Brasil (Jacobs Douwe Egberts) - dona das marcas Pilão, L'OR, Pelé, Caboclo, Café do Ponto e Damasco. A operação, que não teve seu valor revelado, foi também divulgada como uma estratégia de diversificação do portfólio de produtos, que era até então composto por marcas de grãos, pescados e açúcar.