Os planos da Selmi para crescer até 18% em 2022
Gourmetização do Consumo
No ano em que completa 135
anos de mercado, a indústria alimentícia Selmi projeta crescer de 15% a 18%, na
comparação com 2021. Com exclusividade para o Jornal Giro News, o diretor
comercial da empresa, Marcelo Guimarães, revela que a marca Renata tem o maior
número de SKUs e é a mais representativa em faturamento. Já Galo, apesar de ter
uma quantidade menor de SKUs, registra vendas superiores à Renata em macarrão.
Comprada no início de 2021, a Todeschini também tem ganhado relevância no
negócio. "Todeschini vem crescendo a passos largos. É uma marca que estamos
conseguindo rejuvenescer, com nova roupagem e logotipia. Estamos focando muito
no canal indireto, tanto para o atacarejo, quanto para o distribuidor, mas
também com participação em algumas redes de supermercado", explica o executivo.
Novidades no Radar
O portfólio de macarrão
representa a maior parte do faturamento da Selmi, mas os biscoitos vêm num
movimento crescente. Ao todo, são mais de 300 SKUs entre as três marcas.
"Investimos muito em fábrica, processos, produtividade, aumento da capacidade
de produção. Estamos comprando linhas de produção novas, automatizando
embalagens e a parte de paletização, expandindo armazenagem...", destaca
Marcelo. Em produtos, a atenção tem sido direcionada às novidades dos últimos
12 meses. Dentre os lançamentos, estão o Renata Superiore Veggie Protein +, com
20g de proteína, e o Biscoito Renata Cracker Fermentação Natural. "Faremos, em
breve, a mudança de embalagem de uma categoria inteira em uma marca, além de um
lançamento de biscoito para este ano ainda", antecipa.
Consumo Gourmet
Os impactos da pandemia no
comportamento de consumo ainda são observados nas categorias nas quais a Selmi atua.
Para Marcelo, são produtos que estão inseridos em muitos lares e, apesar de o
consumidor optar por marcas mais baratas, ele também valoriza a proposta de
valor de produtos premium. "Como não podia sair, o consumidor começou a
preparar os alimentos e 'gourmetizar' os seus hábitos dentro de casa. Agora,
que tudo está voltando ao que era antes da pandemia, muita gente volta a
frequentar restaurantes, mas com uma frequência menor, porque os custos
aumentaram. Por isso, o consumidor também continua fazendo a comida em casa,
então a 'gourmetização' ficou", conclui.
Reportagem: Bruna Soares