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Imagem destaque: Após queda no preço, arroz retoma estabilidade e deve registrar alta no PDV
Crédito: Divulgação

Após queda no preço, arroz retoma estabilidade e deve registrar alta no PDV

  Desde março, o preço pago aos produtores de arroz caiu mais de 40%, influenciado principalmente pela época de safra do grão. Para Marcelo Marinho, diretor comercial da Fumacense Alimentos, dona das marcas Kiarroz, Kifeijão e Campeiro, as commodities são dinâmicas e registram frequentes mudanças no preço. No entanto, outros dois fatores impactaram a oscilação no produto. “Houve incremento de mais de 10% na área destinada à plantação de arroz. E uma outra variável é que a exportação caiu, então não conseguimos enviar para fora o aumento de volume”, analisa o executivo, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. Mais de 11 milhões de toneladas de arroz são consumidas no Brasil anualmente, com destaque para os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que lideram o consumo.


Impacto para o consumidor

  Dados da Horus, solução da Neogrid, obtidos com exclusividade pelo Jornal Giro News, apontam que o quilo do arroz branco, que estava R$ 7,21 em janeiro deste ano, passou para R$ 6,60 em março. O número ficou abaixo de abril de 2024, quando o valor era de R$ 6,77. “A gente acredita que já chegou no preço mais baixo que a categoria teve. Hoje, inclusive, se identifica muita dificuldade na compra de arroz. Os produtores não conseguem vender, porque aparentemente caiu abaixo dos custos de produção. Eles acabam não vendendo para capitalizar e subir o preço”, analisa o diretor da Fumacense. Com a dificuldade da indústria de comprar o produto, pode começar a haver desabastecimento e, consequentemente, aumento no valor final. “Estamos vendo estabilidade essa semana. Depois, pode ter movimentação de alta, já que a indústria começa a fazer ofertas mais caras para poder se abastecer.”


Desafios do setor

  Outro entrave na categoria é a busca por uma classificação qualificada entre os diferentes tipos. “A gente vê muito arroz de baixa qualidade sendo comercializado como arroz comum. Um arroz de segunda muitas vezes passa como de primeira, tipo 1. É uma briga desleal, porque não preza pela qualidade”, comenta Marcelo. No Rio Grande do Sul, os produtores ainda sofrem com os impactos causados pelas enchentes de maio de 2024. “Alguns produtores foram bastante afetados e não conseguiram se recuperar ainda. Muitos estão se recuperando e já estão produzindo, mas é uma área que sofre com enchentes. Acredito que o Rio Grande do Sul é a área que mais sofreu devastações naturais”, relembra. O estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional do grão. O segundo maior produtor é Santa Catarina.

10/04/2025

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