Abrafarma se opõe à proposta de venda de remédios em supermercados
A Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) demonstra rejeição pela proposta de liberar a venda de medicamentos sem receita (MIPs) em redes de supermercados. Essa medida faz parte de um conjunto de propostas que foram encaminhadas ao Governo Federal pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), com o objetivo de minimizar pressões na inflação alimentar. De acordo com a Abrafarma, os medicamentos isentos de prescrição são uma importante fonte de receita para o setor da farmácia, representando cerca de 30% das vendas, e o impacto econômico da medida seria grande. “Aprovar MIPs em supermercados, apenas para lhe dar mais uma categoria de vendas, é ferir de morte todo um contingente de famílias e colocar o equilíbrio econômico de um setor que funciona bem e é muito respeitado em todo o mundo, em risco”, comenta Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, em nota.
A entidade ainda diz que apesar de não exigir receita, os MIPs oferecem riscos e podem mascarar sintomas, exigindo indicação específica em muitos casos. Para o executivo, “será lamentável que, num governo que sempre colocou a saúde das pessoas em primeiro lugar, a 'marca' dessa gestão Lula 2023-2026, seja a destruição das farmácias, o aumento da automedicação, e o agravo de doenças crônicas na população”.
Fonte: Valor Econômico