Varejistas Chineses Iniciam Expansão Física no País
Players Desembarcam no Brasil
Texto: Larissa Varjão
Seguindo um movimento de
expansão no mercado brasileiro, mais uma potência chinesa resolveu instalar
operações físicas no país. Agora, a marca de moda SHEIN abriu uma pop-up store
(modelo de loja temporária) no Brasil, no estado do Rio de Janeiro, no shopping
Village Mall. Em 2019, a Xiaomi, fabricante de smartphones chinesa, também
desembarcou no país, inicialmente com duas lojas em São Paulo. A expansão
física possibilita uma nova experiência de compra, para além do digital, que
segue em expressivo crescimento. Um levantamento do Reclame Aqui revelou que
56,5% dos consumidores brasileiros já fizeram compras em sites de varejo da
China.
Expansão das Lojas Físicas
De acordo com a SHEIN, a
empresa vem investindo globalmente na experiência offline de pop-up store. Essa
iniciativa marca o início de uma série de ações específicas para o público
brasileiro ao longo de 2022, incluindo planos para estrear o modelo em outras
grandes cidades do país. Já a Xiaomi tem sete unidades no Brasil, sendo três em
São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Curitiba (PR) e outra em Salvador
(BA). Além disso, a marca tem parcerias estratégicas que garantem sua presença
em mais de 7 mil pontos de venda espalhados pelo país. A Xiaomi tem planos de
expansão para este ano e sua meta é chegar a todas as regiões brasileiras.
Know How no Online
Embora haja o movimento
inicial de lojas físicas, a China tem uma maior presença no online. O Alibaba,
grupo chinês dono do AliExpress e outros empreendimentos, como Taobao e Tmall,
trouxe seu serviço de vendas internacionais ao Brasil há 11 anos. O AliExpress
tem 60% dos usuários com idade inferior a 30 anos, que gastam cerca de R$ 1.900
por mês com compras online. Já a Shopee, que também tem origem asiática,
cresceu 600% no número de vendedores brasileiros em 2021. Atualmente, mais de
85% das vendas da empresa no país são locais. Segundo dados do Conselho
Empresarial Brasil-China (CEBC), o total de investimentos chineses no Brasil
alcançou US$ 66,1 bilhões nos últimos 14 anos.