A partir do segundo semestre de 2023, as operações globais de pesquisa e inovação de produtos da Avon, em categorias-chave, serão estabelecidas no Brasil. As instalações serão integradas ao Centro de Inovação da Natura, em Cajamar (SP). Segundo a companhia, o projeto explora sinergias ao criar o Centro de Excelência de Pesquisa Avançada de Pele, assim como o de Fragrâncias. "O Brasil é a maior operação da Avon no mundo e um dos mais importantes mercados para a marca. Então, de forma estratégica, estamos principalmente investindo na aproximação de P&D regionalmente", diz Daniel Silveira, presidente da Avon no Brasil.

O público de empreendedores e clientes das vendas diretas passou a ampliar o espaço que antes era restrito apenas a catálogos e porta a porta (modalidade mais tradicional deste segmento), migrando para a internet e redes sociais. De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), a internet tem participação de 20,6% nas vendas do setor. Outros 18% são representados especificamente pelo aplicativo WhatsApp e 14,9% pelas redes sociais. Com isso, 53,5% das operações passam pelas plataformas digitais, que se tornaram a modalidade número um e a que mais tem crescido nos últimos anos.

A Avon, empresa de venda direta pertencente ao grupo Natura &Co, apresenta o seu novo posicionamento, denominado "Olha de Novo". Com foco principal em expandir a atuação das "Representantes da Beleza", a Avon também investe em um novo modelo comercial, focado em possibilidade de crescimento profissional, ferramentas digitais e capacitação das representantes, por meio de parcerias com empresas de educação, saúde e soluções financeiras. Com o modelo, as vendas digitais aumentaram 132% globalmente, afirma a empresa.

A Natura&Co, controladora das marcas Natura, Avon, The Body Shop e Aesop, registrou lucro líquido consolidado de R$ 175,7 milhões no quarto trimestre de 2020, período em que o grupo lançou uma oferta pública de ações que atingiu R$ 5,6 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 21,3%, chegando a R$ 1,25 bilhão. A receita líquida somou cerca de R$ 12 bilhões, expansão de 24,3% na comparação anual. Segundo a Natura&Co, as vendas digitais totais subiram 79% no trimestre, com as vendas online da marca Aesop atingindo 30% da receita.