Por dentro da terceira onda da publicidade digital: retail media para e-commerce
*Por
Felipe Macedo, co-CEO e Fundador da Corebiz
Já
considerado o canal com maior poder de crescimento quando o assunto é marketing
no universo on-line, o retail
media ainda promete render muita história para contar feitos de
destaque, é claro. Trata-se do poder de aumentar a performance de negócios com campanhas
segmentadas nos maiores marketplaces
do mundo, uma tendência que veio de países em que esse mercado já
está mais consolidado, como Estados Unidos e China. No Brasil, o movimento já
havia dado os primeiros passados há alguns anos, mas depois da pandemia
acelerou de vez.
O
conceito não se limita apenas a vender produtos, mas também estabelece uma
comunicação com o usuário durante toda a jornada de compra com mensagens
pertinentes a cada fase, desde o momento de descoberta de um item, passando
pela consideração até chegar à conversão, de fato. É aí que mora justamente o
principal diferencial competitivo do retail
media: ativação em todas as etapas da jornada e com dados first-party disponíveis nos
ambientes de varejo.
Hoje,
por exemplo, falamos de 135 milhões de usuários em toda a América Latina que
navegam mensalmente só no Mercado Livre. Em paralelo ao crescimento dos
e-commerces e marketplaces,
torna-se uma maneira ainda mais certeira de as marcas aproveitarem essa
audiência massiva.
Para
se ter mais uma ideia do seu potencial, só nos Estados Unidos esse canal deve
gerar US$ 75 bilhões em lucros nos próximos cinco anos, segundo estudo feito
pelo BGC e Google. A pesquisa mostra ainda que os gastos dos anunciantes nos
canais próprios dos varejistas devem crescer a uma taxa de 22% ao
ano.
Não
é à toa que já é tida como a terceira onda da publicidade digital - as
primeiras foram, respectivamente, search
e social. É,
então, chegada a hora de virar a chavinha e começar a associar de forma direta
os marketplaces como
estratégias de marca e não somente de conversão.
Daí
a importância das agências especializadas em tecnologia, experiência e
marketing para e-commerce, que podem trazer todo esse conhecimento e bagagem
para entregar um serviço completo e de ponta para empresas que buscam melhorar
o alcance e as vendas no Mercado Ads,
por exemplo, unidade de negócios do Mercado Livre dedicada ao desenvolvimento e
comercialização de soluções publicitárias.
Uma
meta-análise desenvolvida pela Kantar que registrou os resultados de mais de
200 campanhas no Mercado Livre, mostra que as marcas cresceram 52% em awareness e quase 40% em
intenção de compra em relação à média das demais mídias publicitárias.
Considerando ainda que o ML é o maior marketplace
da América Latina e lidera o segmento de retail
media no Brasil, não tem como negar o enorme potencial
envolvido.
Essa
terceira onda tem os dados: sabe o que o consumidor faz, onde ele procura, onde
está, o que compra, quando compra e assim por diante. Informações cada vez mais
valiosas não só para uma estratégia de performance como também para a
construção de marca, ou melhor dizendo, para construir a marca para a pessoa
certa, aquela que vai ter o real interesse.
A
partir do momento que os empreendedores entenderem de vez que o marketplace gera brand awareness e
consideração, o céu não será mais o limite. Um caminho que já está a poucos
cliques de distância. Alguns, na verdade, já começaram a sair na frente
aderindo ao ecossistema que vai muito além de apenas estampar a foto e o preço
de um produto.
Os
e-commerces e os marketplaces
não são mais apenas vendedores: se tornaram parte fundamental das estratégias
de publicidade. Chegar com a mensagem certa, na hora certa, entre milhões de
compradores dispostos a ouvi-las, e o poder de se destacar entre um mar de
possibilidades, é o que há!