ABF Critica Reajuste de Aluguel por IGP-M
Substituição de Índice
AAssociação Brasileira de Franchising (ABF) se posicionou sobre as
negociações que estão acontecendo entre shoppings e lojistas, nas quais os
lojistas pedem uma revisão dos contratos de aluguéis desde o ano passado, por
conta, principalmente, da pandemia. O IGP-M, indicador
usado para corrigir contratos de aluguel, subiu 23,14% em 2020 -a maior alta em
quase duas décadas. Para a entidade, o
índice em questão não refletea variação inflacionária no período, já
que leva em consideração outros elementos como a variação do dólar, o preço das
commodities e outros fatores que não tem relação direta com os custos
do shopping.
"A
decisão unilateral das administradoras de shopping centers de manter o reajuste
dos aluguéis indexados ao IGP-M/IGP-DI não condiz com a realidade econômica e
desconsidera fatos como shoppings fechados ou abertos com horário e fluxo de
pessoas restritos, com vendas que, ainda hoje, não atingiram em média 65% do
seu valor original e limitações que temos observado em razão do arrefecimento da
pandemia", afirma a Associação
Brasileira de Franchising, em comunicado.
Também não faz sentido para a entidade a manutenção da
cobrança do 13º aluguel, já que as vendas não tenham se recuperado ou aproximado dos patamares pré-pandemia. "A somatória destes fatores com
o recrudescimento das medidas para evitar o contágio nesta segunda leva da
pandemia podem ser catastróficas. Até porque, o custo de locação muito elevados
podem inviabilizar a manutenção das operações. É preciso que as administradoras
de shoppings reflitam e isentem os lojistas do pagamento das taxas de
transferência para operações de franquia, para facilitar o repasse, para que as
marcas não percam unidades e para que os shoppings não percam lojistas. Ou
seja, trata-se de uma situação excepcional que exige condições especiais para a
manutenção das lojas e empregos."