Dark Kitchen Vira Principal Aposta do Food Service
Delivery Aquece Negócios

Com a proibição temporária do
consumo em locais físicos durante a pandemia, as dark kitchens, que já eram
consideradas tendências, ganharam ainda mais atenção do setor de food service e
consolidaram seu crescimento. No formato, as operações de alimentação oferecem
atendimento apenas por delivery, sem um local para consumo dentro do
estabelecimento. Segundo um levantamento da VR Benefícios, 19% dos empresários
pretendem aderir ao modelo, transformando os restaurantes que já têm em
operação. Dados da "Pesquisa de Food Service 2021", realizada pela Associação
Brasileira de Franchising (ABF) e a Galunion, justificam essa vontade do setor:
as vendas por delivery cresceram 140% em 2020 e o ticket médio deste canal teve
alta de 64%.
Expansão das Dark Kitchens
Na análise de faturamento,
os restaurantes físicos faturaram, no ano passado, 33% a menos do que em 2019.
Já no delivery, a redução foi menor, de 19%. A evolução do serviço de entrega,
que já está presente em 97% das redes, dá às dark kitchens boas perspectivas de
crescimento para o futuro. O formato já é realidade em redes como Divino Fogão,
que planeja chegar a 50 operações focadas em delivery até o final de 2021;
Bangalô dos Pastéis, que lançou uma franquia de dark kitchen e tem meta de
fechar de 10 a 15 contratos este ano; Muy, fast-food colombiano de comida
caseira que já iniciou suas operações no Brasil com foco no delivery; e BK
Brasil, que instalou, em São Paulo (SP), sua primeira "Ghost Kitchen" do mundo.
Ainda de acordo com o estudo da ABF, o formato deve se popularizar nos próximos
anos, já que 53% das redes consideram as dark kitchens como principal
alternativa para abertura de unidades.