Carrefour Refina Processos para Acelerar Expansão
Evolução de Lojas Autônomas
Texto: Bruna Soares
O Grupo Carrefour Brasil
iniciou 2022 com a abertura de três lojas autônomas, após 11 inaugurações no
ano passado. O formato opera com a bandeira Carrefour Express e soma, ao todo,
16 unidades em funcionamento na Grande São Paulo, sendo 14 em condomínios
residenciais e duas em ambientes corporativos. "Agora, a fase é de melhorias de
processos operacionais. Estamos fazendo o refinamento e os ajustes de premissas
que vão embasar a aceleração de expansão desse formato", explica João Gravata,
Diretor de Proximidade do Carrefour, com exclusividade ao Jornal Giro News. Até
o momento, as melhorias foram concentradas em duas frentes: ajustes em
sortimento, de acordo com as demandas observadas, e evolução da tecnologia.
Oportunidades de Expansão
De acordo com o
executivo, o comportamento identificado nas lojas autônomas da companhia é
focado em compras de ocasião, como ingredientes que faltam para uma receita ou
bebidas geladas para consumo imediato. "Essa loja cumpre um papel de
possibilitar que o cliente complemente a cesta que já foi feita em outros
formatos. O formato faz parte de uma estratégia de buscar estar onde o
consumidor estiver", complementa. Inicialmente, a área prioritária para
expansão é a Grande São Paulo. Futuramente, a expectativa é que as lojas
autônomas do Carrefour Express sejam levadas para outros mercados. "Temos um
plano de expansão para acelerar o número de lojas em 2022 e nos próximos anos",
antecipa João.
Digitalização do Varejo
No modelo, o Grupo
Carrefour concentra investimentos na ampliação da capacidade da ferramenta Scan
& Go, que já era oferecida no app do varejista para permitir jornadas de
compras autônomas em seus formatos convencionais. Segundo o diretor, as lojas
autônomas são um dos reflexos do dinamismo do varejo. "Elas tangibilizam a
aceleração digital dos negócios. Era um mercado visto como uma coisa do futuro
e a pandemia fez esse futuro chegar." Apesar do boom do formato nos últimos
dois anos, de uma expansão vinda de redes varejistas e startups, João avalia
que ainda não é previsto um cenário de saturação. "A gente tem um mercado
mapeado que é muito grande. Como as lojas autônomas cresceram na pandemia, é
cedo para fazer prospecção de saturação", finaliza.