Banco Itaú Agrega Inovação com Startups do Cubo
Startups Geram Valor ao Negócio


Texto: Bruna Soares
Com o intuito de criar proximidade com o ecossistema de inovação, o Itaú
lançou, em 2015, o Cubo Itaú. Desenvolvida em parceria com a Redpoint
Eventures, a iniciativa une startups, investidores, grandes empresas e
universidades em um espaço voltado a aceleração e geração de negócios. Em
entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, Renata Zanuto, Co-head do Cubo Itaú,
revela que o banco já aderiu diversas soluções de startups que passaram pelo
hub. "O processo seletivo não é focado apenas nas startups que possuem soluções
que suprem as necessidades do banco. No entanto, o Itaú está sempre atento aos
serviços que podem gerar inovação e produtividade às suas áreas de negócios."
Negociações com Startups
Além de 300 startups, o Cubo conta com 30 empresas mantenedoras, sendo que o
Itaú é o mantenedor da frente financeira. As outras quatro áreas são: varejo,
mobilidade e logística, saúde e educação. "Até o momento, o banco fez
negociações com mais de 70 projetos. Estas operações não envolveram
investimentos e, em apenas uma delas, o banco comprou a solução da startup." No
final do ano passado, o Itaú adquiriu a Zup, especializada em serviços de
tecnologia. Entre as startups que o banco fez transações estão: Linte, de
automação de documentos e gestão de dados; Fieldlink, de gestão de processos e
equipes de campo; e Mol, fintech de resolução extrajudicial de conflitos.
Contribuições para Empresas
Para Renata, as fintechs geram valor e abrem a possibilidade de fazer negócios
em conjunto. "Ao invés de desenvolver uma nova solução, o banco contrata a
fintech para fazê-la, com redução de custos e eficiência de tempo",
complementa. Diante das novas oportunidades, a executiva ressalta que as
startups possuem soluções para todos os segmentos do mercado e, por isso, as empresas
não devem focar apenas no seu core business (negócio central). "No ano passado,
houve um boom de negócios entre grandes empresas e startups. A previsão para
este ano era que o movimento de aquisições crescesse ainda mais. Devido à
pandemia, esse cenário muda um pouco... As startups precisam de fôlego de caixa
para se manterem e, depois, voltarem a receber investimentos e participar de
negociações", conclui Renata.