Inadimplência empresarial atinge números preocupantes em 2024
Dívidas Acumuladas
Abrir um negócio é um processo
desafiador. Por conta disso, muitos empreendedores contraem dívidas que
geralmente não conseguem pagar e se tornam inadimplentes. Somente no Brasil 6,7
milhões de empresas foram consideradas inadimplentes, das quais 6,3 milhões
foram Micro e Pequenas Empresas (MPEs), cujo montante total somava R$ 43,7
milhões em dívidas.
Estes dados são do Indicador de
Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, publicado em março de 2024. O
estudo aponta um aumento de 300 mil a mais do que o mesmo período de 2023, e o
total de 6,7 milhões de inadimplentes gera um montante de R$ 127,8 bilhões,
possuindo uma média de 7,1 contas atrasadas.
"O aumento da inadimplência
das companhias em janeiro pode ser atribuído, em grande parte, às despesas
típicas de início de ano (IPVA, IPTU e outros), refletindo um cenário sazonal
onde as contas acumuladas nesse período impactaram temporariamente a capacidade
de pagamento dos consumidores, que, consequentemente, influenciam no caixa das
companhias", aponta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, à Istoé
Dinheiro.
Quais setores estão mais
endividados?
De acordo com o levantamento da
Serasa, o setor de Serviços é o que mais possui empresas negativadas, com
54,9%. Atrás dele vem o Comércio, com 36,4%, a Indústria, com 7,5%, o setor
Primário, com 0,8%, e outros segmentos, com 0,4%.
Quais os estados mais endividados?
Quando analisamos os estados
brasileiros, São Paulo é onde se concentra o maior número de empresas
inadimplentes, com 2.194.414. O segundo estado com mais negócios endividados é
Minas Gerais, com um milhão e meio a menos de organizações com dívidas, totalizando
608.354. O terceiro é o Rio de Janeiro, com 604.940, seguido do Paraná, com
423.169, e do Rio Grande do Sul, com 368.790.
O que pode ser feito?
Ter uma boa organização financeira
é uma boa saída para evitar esse tipo de acúmulo de dívidas. Isso afeta não
somente pequenas empresas, mas também grandes nomes, como o caso da Americanas.
Em instituições de ensino, isso
também acontece, já que uma má organização pode até mesmo comprometer a vida de
alunos que estão se formando. Por conta disso, é imprescindível um gerenciamento
financeiro escolar que possibilite uma visão racional das
entradas e saídas do fluxo de caixa, evitando a falência e uma série de
problemas judiciais. A organização é a chave do sucesso financeiro.
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