Como fica a operação do Makro com a venda ao Muffato
8 Lojas à Venda
Após vender 16 lojas e 11
postos de combustíveis para o Grupo Muffato, o Makro Brasil avança no objetivo
de encerrar suas operações no país. Agora, a rede mantém apenas 8 unidades -
Vila Maria, Santos, Praia Grande, Ribeirão Preto, Bauru, Franca, Osasco e
Campinas-Dom Pedro - que, segundo o Makro, continuam com sua operação normal.
"Em um mundo em constante mudança, estamos sempre analisando nossos negócios,
em busca de maior eficiência, produtividade e novas oportunidades. Nesse
contexto, fomos contatados pelo Grupo Muffato, que identificou imóveis e ativos
extremamente valiosos para o desenvolvimento de seu próprio negócio de varejo
no país, e fez uma oferta por tais imóveis e ativos. Assim, o Makro Brasil
decidiu seguir com a venda desses imóveis e ativos", disse Antero Filippo, CEO
do Makro Brasil.
Processo de Desmobilização
Pertencente à holding
holandesa SHV, o Makro soma 110 lojas entre Brasil, Argentina, Colômbia e
Venezuela. A rede, que totalizou vendas globais de US$ 1,3 bilhão em 2021, vive
um processo de desmobilização de suas lojas no país há anos. Em 2019, iniciou uma
série de fechamentos de lojas situadas em estados como São Paulo, Paraná e
Minas Gerais - alguns dos imóveis foram ocupados pelo Mineirão Atacarejo, do
Grupo DMA. No início de 2020, o cash & carry anunciou a venda de 30
unidades para o Grupo Carrefour Brasil. A transação marcou o fim da operação do
Makro fora do estado de São Paulo. Já em 2021, a rede até investiu em um novo
formato, que deveria ganhar rollout para as 24 lojas que ainda mantinha, e
planejava retomar a expansão através de aberturas. No entanto, em 2022, o grupo
SHV anunciou oficialmente a venda da operação no Brasil, onde estreou a
bandeira em 1972.
Negociação com o Muffato
Empresas como Grupo
Pereira, dono do Fort Atacadista, Grupo Muffato, Assaí Atacadista e Atacadão,
do Grupo Carrefour Brasil, foram apontadas como as principais interessadas na
aquisição do Makro. O Grupo Muffato avançou na compra, mas chegou a desistir do
negócio devido a contingências relacionadas a passivos trabalhistas e questões
fiscais da bandeira. Pertencente ao Grupo Zaragoza, o Spani Atacadista, que
também havia demonstrado interesse, recuou na negociação. Ao final de 2022,
informações de mercado sinalizavam que as dívidas do Makro acabaram afastando
os possíveis compradores de sua operação brasileira. Com isso, a rede passou a
avaliar novas possibilidades para a transação, como venda fracionada das lojas,
antes de, enfim, fechar a venda de parte delas ao Muffato.