O varejo farmacêutico registrou crescimento de 14% em faturamento bruto em 2022. Dados da Close-Up International apontam que o setor teve receita de R$ 169,5 bilhões nos últimos 12 meses até setembro. Descontada a inflação, a alta é de 7,5% sobre o período anterior. De acordo com a pesquisa, a receita bruta teve incremento de dois dígitos em todos os nichos de farmácias - na faixa de 12% a 16%. "Considerando a América Latina, o Brasil é o país com maior equilíbrio na divisão de vendas. As grandes redes representam 50% do mercado", afirma Paulo Paiva, vice-presidente da Close-Up International.

Nos últimos 12 meses até agosto de 2021, as bandeiras farmacêuticas pertencentes a empresas que atuam no varejo alimentar faturaram R$ 1,6 bilhão, segundo dados da Close-Up International Brasil, obtidos com exclusividade pelo Jornal Giro News. Em vendas, as farmácias de supermercadistas representam 1,07% do total do mercado farmacêutico. Desde agosto do ano passado, foram comercializadas 66 milhões de unidades, com uma participação de 0,96% em volume. No entanto, os números representam quedas de 10,31% em faturamento e 15,97% em unidades, na comparação com o período anterior.

O segmento de produtos de conveniência registrou crescimento de 8,2% nas farmácias brasileiras nos últimos 12 meses até julho, com faturamento de R$ 726,5 milhões. Os dados são da Close-Up International e abrangem produtos como balas, pastilhas, confeitos, goma de mascar, chocolates, bombons, barras de cereais, sorvetes, biscoitos e snacks. O Sudeste representa 51% da venda, sendo que o estado de Minas Gerais lidera, com faturamento de R$ 152,6 milhões. No período, foram 267,9 milhões de unidades comercializadas, crescimento de 3,6%. Segundo o estudo, o avanço foi puxado pela categoria de chocolates, que representa 32,1% do total.

O varejo farmacêutico deve, pela primeira vez, atingir faturamento de três dígitos, ultrapassando R$ 103,2 bilhões em 2021, com a venda de 7 bilhões de unidades. As projeções são de um estudo realizado pela Close-Up International, empresa de conteúdo e serviços para a indústria farmacêutica. O resultado representaria um avanço de 10,8% na comparação com os R$ 93,1 bilhões alcançados em 2020. Segundo a pesquisa, os medicamentos de prescrição, principalmente os exclusivos e genéricos, prometem puxar esse crescimento, com 54% de participação. Já os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) responderiam por 19%.